O debate entre sociologia e antropologia, tendo como base os estudos de Durkheim sobre a construção do sujeito focado na temática do fato social e relação com o mal moderno e pós-moderno, com Levis Strauss dissertando sobre natureza e cultura, ressaltando o tabu do incesto como, sendo o estopim do padrão sócio-familiar. Articulando a temática de Capra no livro O Ponto de Mutação, sobre consciência ecológica; as conseqüências da acepção crônica pelo meio cientifico do modelo descartista-newtoniano (reducionista e mecanicista) e Conexões Ocultas que conecta de forma sucinta os pontos dispares das várias áreas do conhecimento cientifico. Repercutindo a âmbito global, como fato social (sendo analisado como objeto):
1. Exterioridade: O Tabu do incesto; Realidade da população marginal
2. Coertividade (punição)- Judicial reclusão em regime fechado; Biológica, gerar descendentes anômalos; Exclusão do contexto social
3. Generalidade: É aceito e aplicado a população. É aplicado a toda a sociedade, ou um grupo social, no caso o marginalizado pelo sistema sócio-político.
Na época moderna, o Estado Totalitário inibiu a liberdade do ser humano, os reacionários a esse modelo foram exilados, alegando-se infligirem a ordem. O que os remeteu a ações vistas como “animalesco”, lembrando que essa temática de humanidade e animalidade proposta por Tim Ingold. O que é ser humano? O que é ser animal? . Na visão ocidental o estado humano simboliza superioridade, perante aos outros seres, dotado alta capacidade cognitiva e o animal como algo inconsciente reativo automático a estímulos. Sendo que separá-los como um dimorfismo completo, é impossível já que comportamentos humanos em determinadas situações são equiparados ao dos animais. Em momentos de raiva associam a leão quando vai atacar à presa. Percebe-se um paradoxo explicito que por ter tal conformação passa por despercebido, se o ser humano é dotado de razão, então por que tal comportamento. O que puxa outra discursão sobre natureza e cultura onde entra Levi Strauss, não será esse comportamento um ato natural e analisá-lo como, animal em sentido de transgressão não seria inerente à cultura ocidental. Esse fato cultural como no caso do incesto é um fato social. Tomando como espécime o chimpanzé e homem, vê-se que a distinção do que é humano e animal, natural e cultural, como isso cria, muda e transforma o sujeito, será que esse sujeito, esse estando em sociedade até que ponto sua persona é reflexo dessas problemáticas e até que ponto interfere na sociedade e na ecologia em seus ramificados campos de atuação.
Com o advento da industrialização impulsionado pelas teorias de Newton, Einstein e Darwin discípulos do reducionismo de Descartes, principalmente na lei da seleção natural, onde o meio seleciona os mais fortes, como o capitalismo estava em ascensão e passou a ser base do novo padrão de vida, as grandes potencias, modernizaram seus meios de produção, com o advento do vapor, maquinaria, ao invés do trabalho manual. Esses cientistas foram o estopim, os Estados extraíram das teorias desses pensadores tudo o que corroborasse sua plataforma de governo e sustento do capitalismo. Com isso a grande parcela da sociedade ficou a margem das prioridades governamentais, e a mercê dessas patologias sociais, interferindo o seu modo de pensar em quanto ser social, acima de tudo, o chimpanzé foi escolhido por apresentar padrões comportamentais de essência idêntica a dos humanos, a forma como as macacas amamentam, a noção de macho alfa, a fêmea ao entrar na adolescência migrar para outro bando evitando o incesto, um macaco tem varias fêmeas em algumas culturas humanas isso é permitido. O que leva a repensar, só os humanos realmente tem cultura? , estudos antropológicos provam que não a exemplo dessa situação, levando a acreditar que a fronteira entre o estado de humanidade e animalidade, é o fato do registro escrito com desenvolvimento cognitivo, o que é inerente aos humanos, valendo para o estado de natureza e cultura, o homem, convenia o que é natural, não no fato da essência, mas como a cultura é abordada e qual é a dominante, caindo muitas vezes no etnocentrismo, já o animal interliga os dois não como uma relação de superioridade, mas de co-dependência, o comportamento cultural é proveniente do nicho ecológico em que vive , mudando ou intensificando-o dependendo do nicho mesmo que esporadicamente.
O reducionismo descartista, como bem retrata em âmbito global, o livro O Ponto de Mutação de Fritijof Capra, embora em nosso século, ter estudiosos dos demais ramos dos conhecimentos, empenhados á uma visão holística do ser humano e do mundo, o reducionismo ainda é intrínseco. A Sociedade é analisada por departamentos específicos sendo que esses têm os sub-departamentos, que agem de forma autônoma. No caso da saúde, assunto remetido aos médicos, é sabido que seu conceito não é estático, os fatores não são de uma única natureza, tendo em vista que os “detentores” da responsabilidade com a mesma, fragmentam-se, formulando especializações, restringindo a elas, hierarquizando segundo a matriz que a formula (biomédica). O que acarreta profundas conseqüências observando o que caracteriza o real estado de saúde, ao agirem assim os médicos analisa superficialmente, com diagnostico incompleto, conseqüentemente terapia paliativa ,já que observa só o foco da patologia ,desprezando as circunstancias que o propiciaram , piorando o quadro clinico , serão administradas drogas ao paciente, sendo que as mesmas, benevolamente só agem na região em que está procedendo ao tratamento, porem ela através da corrente sanguínea atua de forma sistêmica, podendo acarretar sérios distúrbios a órgãos saudáveis, dessa forma o paciente adquira uma patologia ictiológica, ao ser detectada, o tratamento da primeira será suspenso, e outro, introduzido, outro erro, detectou-se, mas qual a causa? , como o paciente reagirá ao saber desse novo quadro? Como não foram preparados para situações adversas, esses questionamentos nem surgem, e o paciente vai passando por tratamentos que ao invés de curá-lo, torna-o, mas enfermo, podendo matá-lo. Extremista! Pode parecer, mas analisemos, o medico que atendeu o paciente é especializado em uma área, o tratamento administrado gerou disfunção em outra que não é compete a ele, como há hierarquizarão e fragmentação, o contato com outro profissional é restrito, e onde está a ética? , é instituição medica ou uma empresa de marketing? Em alguns casos o profissional daquela área está ausente, o outro entra em pânico. Isso demonstra que essa matriz é falha, e requer urgentemente uma mudança de paradigma, se passar a conceber o ser humano e o mundo que o cerca de forma integralista, restrutura-se-a a medicina os médicos passarão a ser generalistas, profissionais da saúde mental e os da saúde física se focaram em analisar todos os aspectos eco-psicofísico relacionados ao que propicia o quadro patológico, já que mesmo que pertençam a uma mesma cultura, tenha a mesma, o modo como o distúrbio é vivenciado, pelo paciente é diferente, o que o causou. Outro ponto importante é ele em sociedade, como o convívio e ate que ponto influencia nesse complexo psico-físico e vice-versa. A relação com o meio ecológico desse individuo, enquanto ser: psíquico, físico, social, cultural, sendo que todos esses aspectos são seus formadores, então a perturbação em um é decorrente de um abalo sistêmico, pronunciado mais naquela área especifica por o agente promover conseqüências mais externas a tal área, só que com o tempo todo o sistema é afetado, então é importante analise o que do agente e quais as condições, causa perturbação em cada parte e no geral, pois a condição pode propiciar um desajuste direto a, por exemplo, a psique. Ao ter conhecimento estudara o meio de erradicá-la , promovendo uma medicina preventiva e não paliativa. Assim o foco passará da patologia, para o que a propicia, e tanto os médicos quanto os pacientes não serão negligenciados. Essa cooperação com o passar do tempo findará com as contendas entres as áreas do conhecimento, e focarão em como viver de forma harmônica sem que isso implique uma padronização, sócio-cultural, o que será bom para a ampliação do entendimento sobre, vida, ciência, saúde. Primeiro conscientizar-se que todos os campos sejam científico, sociais, compete a todos e por isso não há seguimento mais ou menos importante que o outro, todos são responsáveis pela saúde, e o bom convívio nessa Gaia. A interconexão entre as ciências sociais , biológicas ,políticas ,saúde , ao por em derrocada o concepção descartista, envereda em uma acepção holística dos campos que dantes , eram inteligíveis , por o antigo sistema ter determinado ser . As correntes psicológicas e físicas da medicina conseguirão ter um panorama mais conciso do quadro clinico do paciente, com a biologia perceberão as condições ambientais que causam, a antropologia analisara esse novo ser, seus valores, cultura, a sociologia como esse novo ser age em sociedade , a política como formular uma sociedade que atenda a todos esses pré-requisitos sem padronizá-la e facilitarão o entendimento sobre a física quântica , onde tudo pode acontecer a todo momento , e nada é estático e sim dinâmico e interconectado. Desde que antes, reavalie a situação das conseqüências do “capitalismo selvagem”, que gera refugos sociais, que por não ser possível compactá-los , como se faz com os restos de materiais orgânicos e recicláveis , são postos a margem, são os estranhos que segundo o regime governamental representa danos a ordem publica, são exilados em processo de secularização da vida social, sendo destituídos de identidade.
Primeira síntese de conteúdo.
Referencias: Sociologia: Emile Durkheim-
Willem Bonger
Antropologia: Claude Levi Strauss (Antropólogo Estrutural-Analisa a cultura, sem precisar entrevistar os membros da mesma, através de uma analise geral (linguagem, crença, comportamento-Simbolos culturais) levando em consideração as manifestações da psique), Funcionalista-Sistema de Símbolos comportamental –Malinowsky- O antropólogo é inserido no processo e tece sua percepção como participante e Culturalista-Franz Boas-Etnografia (Símbolo, analise da linguagem propriamente dita, comparação com a cultura de outras etnias/; Tim Ingold